quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Vídeos produzidos por meus alunos: Vanguardas



Trabalhar as Vanguardas europeias, nos anos anteriores, me mostrou que, em sala de aula, palavras, formas e cores combinam com o movimento, com o som. Esse ano, experimentei essa mistura nas aulas de Literatura e percebi que os movimentos vanguardistas, suas características e representantes ganharam um tom diferente entre meus alunos do terceiro ano. As Vanguardas, só pra lembrar, são os movimentos culturais que começaram na Europa no início do século XX, os quais iniciaram um tempo de ruptura com as estéticas precedentes, como o Simbolismo e, no Brasil, inspiraram - e muito - nosso Movimento modernista.

A proposta foi fazer o que a-do-ro: DESAFIAR! Sim, nossos garotos e garotas foram desafiados a criar paródias a partir do conteúdo. O resultado podemos conferir com alguns vídeos produzidos e disponíveis aqui. À medida em que outras produções forem chegando às minhas mãos, insiro nesse post Desde já, obrigada por aceitarem o desafio e parabéns a todos e a todas!

Movimento Dadaísta como vocês nunca viram:


O Futurismo ganhou nova roupagem na voz desse trio: faltou VELOCIDADE, característica do movimento... mas o que importa é sobraram graça e criatividade. 

Sem falar em coragem!!!!! Parabéns, garotas!




A Arte Moderna na voz das nossas ALUNETES! 
  Muito legal!!!
Muito bem!




De Repente, veio o Tropicalismo!

domingo, 23 de setembro de 2012

Modernismo no Brasil: Primeira Fase - Slides

Para aqueles alunos e alunas que perderam a nossa revisão sobre a primeira fase do Modernismo no Brasil, seguem os slides da aula. Infelizmente, vocês também perderam a discussão acerca das questões, porém,  terão acesso nos últimos slides. Bons estudos!


Primeira fase Modernista no Brasil (1922-1930)

Caracteriza-se por ser uma tentativa de definir e marcar posições. Período rico em manifestos e revistas de vida efêmera. É a fase mais radical justamente em conseqüência da necessidade de definições e do rompimento de todas as estruturas do passado. Caráter anárquico e forte sentido destruidor. Como frisei na sala: considero essa a fase ADOLESCENTE do Modernismo.... Principais autores desta fase: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Antônio de Alcântara Machado, Menotti del Picchia, Cassiano Ricardo, Guilherme de Almeida e Plínio Salgado.

Características:

§      Busca do moderno, original e polêmico;
§      Nacionalismo em suas múltiplas facetas;
§      Volta às origens e valorização do índio verdadeiramente brasileiro;
§      “Língua brasileira” - falada pelo povo nas ruas;
§      Paródias - tentativa de repensar a história e a literatura brasileiras.

 Vamos aos slides da nossa aula:














































sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Dicas para escrever bem




Deparei-me hoje com um texto bastante simples e inteligente. Uma revisão das minhas aulas de Produção de Textos, podemos dizer assim. Nele, os que já foram meus alunos ouvirão a minha voz repetindo, mil e uma vezes, a necessidade necessária de abolirmos das nossas redações o exagero e as repetições desnecessárias...sim, pois todas elas, as repetições, são desnecessárias.  rsrsrs
O texto, infelizmente, não vem assinado. Foi compartilhado em meu mural do Facebook pela Page Língua Portuguesa. Vale a pena, e muito, ler com atenção e colocar em prática nas próximas produções.



DICAS:

1. Vc. deve evitar abrev., etc.
2. Desnecessário faz-se empregar estilo de escrita demasiadamente rebuscado, segundo deve ser do con
hecimento inexorável dos copidesques. Tal prática advém de esmero excessivo que beira o exibicionismo narcisístico.
3. Anule aliterações altamente abusivas.
4. “não esqueça das maiúsculas”, como já dizia dona loreta, minha professora lá no colégio alexandre de gusmão, no ipiranga.
5. Evite lugares-comuns assim como o diabo foge da cruz.
6. O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é desnecessário.
7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.
8. Chute o balde no emprego de gíria, mesmo que sejam maneiras, tá ligado?
9. Palavras de baixo calão podem transformar seu texto numa merda.
10. Nunca generalize: generalizar, em todas as situações, sempre é um erro.
11. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.
12. Não abuse das citações. Como costuma dizer meu amigo: “Quem cita os outros não tem idéias próprias”.
13. Frases incompletas podem causar.
14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez. Em outras palavras, não fique repetindo a mesma idéia.
15. Seja mais ou menos específico.
16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!
17. A voz passiva deve ser evitada.
18. Use a pontuação corretamente o ponto e a vírgula especialmente será que ninguém sabe mais usar o sinal de interrogação
19. Quem precisa de perguntas retóricas?
20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.
21. Exagerar é cem bilhões de vezes pior do que a moderação.
22. Evite mesóclises. Repita comigo: “mesóclises: evitá-las-ei!”
23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.
24. Não abuse das exclamações! Nunca! Seu texto fica horrível!
25. Evite frases exageradamente longas, pois estas dificultam a compreensão da ideia contida nelas, e, concomitantemente, por conterem mais de uma ideia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçando, desta forma, o pobre leitor a separá-la em seus componentes diversos, de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.
26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língüa portuguêza.
27. Seja incisivo e coerente, ou não.

domingo, 16 de setembro de 2012

Contação de Histórias: a leitura na minha vida


Sempre acreditei no poder mágico que a leitura exerce sobre nossas vidas, sobre nosso imaginário, enfim, o quão ela fascina e é capaz de abrir nossos olhos para direções desconhecidas ou já naturalizadas demais para percebermos sua presença. A leitura faz parte da minha vida desde criança. Lembro-me de livros coloridos de princesas, florestas e bruxas. Livros que não foram comprados por meus pais. Livros com os quais sempre me encontrava nas férias de fim de ano na Lagoa do Badico, onde nasci, quando passava semanas na casa de Mãe Lourdes, minha avó. Os livros lá estavam. Não me lembro de quem eram. Mas meu encontro com eles se dava lá.

Não cresci em um lar de leitores. Meu pai não chegou a concluir o Ensino Fundamental I e a minha mãe não iniciou o Ensino Médio. Mas cresci entre histórias e canções cantaroladas por mainha.  Ler era, para mim, uma atividade deliciosa. Lembro-me dos livros de alfabetização com os quais brincava de escola na casa de “Madinha” Alice. Tia Naucilene, hoje pedagoga, educadora de mão cheia, na época, fazia o papel da pró. As pequenas histórias não perdiam o encanto mesmo com o pouco colorido daquelas cartilhas.  Minha prima Jissônia, lembro muito bem, também teve uma parcela de responsabilidade nesse meu despertar para as letras. Lembro-me de um livrinho que tinha mais letras do que imagens. As ilustrações não eram coloridas, mas eu conseguia enxergar todas aquelas cenas com os olhos da minha imaginação. Adorava ouvi-la contando aquelas histórias. 

Na verdade, a literatura exerce mesmo um poder incrível sobre minha pessoa. E eu adoro isso. Amo brincar com as palavras. Jogar com os sons, suas combinações. Infelizmente, em sala de aula, não percebo essa atração pelos livros, por parte da maioria de meus alunos. Sei que não é culpa deles, afinal, vivem numa realidade onde livro é coisa rara e, por eles, considerada chata. Com o objetivo de tentar transformar essa visão acerca das histórias escritas é que, desde 2011, venho trabalhando o Projeto Contação de Histórias junto às crianças da Educação Infantil que estudam na Escola Municipal Rural da Sede, em Antonio Cardoso, Bahia, onde sou professora da rede estadual. Com este projeto, trabalho três públicos e seus respectivos objetivos. São eles:
1.      Os meus alunos do nono ano do Ensino Fundamental, série escolhida por mim para dar vida ao projeto.
Objetivos específicos:
·        Despertar o interesse pela leitura;
·        Trabalhar a entonação, pontuação e interpretação a partir das histórias lidas;

Os alunos leem durante a encenação, o que exige deles leituras prévias, treino, boa entonação, pontuação e interpretação. Esse aí é o Adriano Soares. Durante a contação, interrompia sua leitura, instigava as crianças com perguntas sobre os personagens e próximas cenas. Narrou Chapeuzinho Vermelho.

·        Desenvolver e/ou potencializar habilidades como criatividade, liderança, autonomia, capacidade de lidar com crises e argumentar (as histórias, vale salientar, são sugeridas, mas as equipes é que as escolhem e elaboram todo o produto final, ou seja, como será contada em sala de aula).









As crianças da Educação Infantil da Escola Rural da Sede, outro público:



Eles simplesmente adoram esse momento...


     A escolha por esta escola passa pela própria comodidade, uma vez que fica localizada ao lado do Colégio ACM, onde leciono. Sonhamos em levar nosso projeto a escolas de Santo Estevão Velho, Poço, Tocos e outras localidades. Faltam recursos, ainda.
Objetivos específicos:
·        Despertar o interesse pela literatura;


 Esse sorriso não tem preço, gente!



Alguns são bastante tímidos e resistem....por enquanto.






·        Proporcionar momentos em que a leitura perpassa pela ludicidade;




A interação também se faz presente.






·        Trabalhar valores. Apesar de acreditar que a Literatura Infantil não pode ser trabalhada com a finalidade de ensinar algo específico, uma vez que, por si só, já é uma aula de desenvolvimento intelectual, cognitivo, afetivo e social, ao término de cada Contação, sempre fica algum ensinamento. É a Chapeuzinho Vermelho que desobedeceu a mãe e quase se deu mal; ou que ouviu conselhos de estranho; é a Chapeuzinho Amarelo que aprendeu a viver, deixando seus medos de lado; ou mesmo a Rita Esquisita, a aranha que nos ensina a vivermos do nosso modo, com nossas diferenças e esquisitices. Afinal, o que vale mesmo é ser feliz. Enfim, as contações sempre divertem e ensinam. Não tem jeito!












    

3.    Por fim, outro alvo importante:   As professoras da Educação Infantil


Obrigada, garotas, por abrirem a porta das salas de vocês para o nosso projeto!





      Com o projeto, espero levar às suas aulas a alegria que toda sala de aula merece ter. O colorido dos personagens. O doce dos pirulitos. As idéias. Enfim, espero mesmo que as professores que nos recebem com tanto carinho e satisfação, a quem agradecemos de coração pela receptividade, extraiam desse projeto o máximo proveito. Breve, pretendo aplicar um questionário ou mesmo trabalhar com entrevistas (estou gestando a idéia) a fim de conhecer o impacto do projeto no dia a dia de sua prática em sala.

Espero que tenham gostado desse post, o qual, sinceramente, adorei elaborar. Atenção, as palavras azuladas, ao serem clicadas, levam vocês a outros endereços: livros de histórias ou coisas parecidas... Outra coisa, a quantidade razoável de fotos justifica-se pelo fato de eu considerar esse blog também uma espécie de portfólio virtual dos meus trabalhos.  Beijo grande e até a próxima aventura!