terça-feira, 12 de maio de 2015

Família e escola, parceria que sempre dá certo.



Essa é realmente uma parceria na qual sempre acreditei. O diálogo entre escola e família é algo que defendo e alimento desde o primeiro ano em que matriculei minhas filhas na Educação Infantil.

O tema de hoje nasceu de um fato real. Uma situação que só fortaleceu minha confiança na escola onde minhas filhas estudam, na sua equipe de gestores e coordenadores e, claro, na professora que está à frente do trabalho. Esta é uma semana atípica, toda marcada por atividades avaliativas.  Uma delas, a sua concepção e construção acabaram por destoar um pouco da proposta até então alimentada pela escola. O resultado foi uma gama de conversas entre nós mães no whatzapp, apresentando dúvidas, angústias e justificativas para as nossas vozes. Junto a isso veio a confirmação de que a escola que dialoga, que ouve, que interage junto à família - e vice-versa - é a escola que quero para as minhas filhas. 

Quando a família se afasta - física ou virtualmente -, creio, a escola continua a caminhar sozinha e, junto a ela, todo o peso da responsabilidade que não é só dela, ou seja, uma boa parte da vida dos nossos filhos. Ser parceiro de uma escola como a das Marias, em situações como a desta semana, só fortalece a minha crença numa educação construída a várias mãos.....

Escutar através de palavras ditas - pela professora - e ou escrita - pela coordenadora Ana Luzia Moura Nunes e também da gestora - de que estávamos sendo ouvidas, de que seria levada em consideração cada fala exposta e suas fundamentações, só aumenta o meu respeito à escola em questão e sedimenta o meu discurso: não existe escola que consiga caminhar sem o apoio familiar. Nós, famílias, precisamos, cada vez mais, abraçar esta que também é nossa responsabilidade. Essa parceria, acredito, é fundamental para o êxito da educação do indivíduo.

Somos todos e todas responsáveis

É importante também frisar que precisamos reconhecer até onde a família pode colocar a mão quando o assunto é escola. Assim como à escola não cabe a formação que eu, enquanto mãe, tenho que DAR para minhas filhas - VALORES, DISCIPLINA, RESPEITO AO OUTRO, RESPONSABILIDADE etc - também existem situações em que à escola, e somente à escola, cabe a tomada de decisão. 

Enquanto professora que também sou, não posso admitir o que muitos pais e mães, por motivos tantos, acabam por fazer: ESCUTAR SOMENTE A VOZ DO FILHO, PASSAR POR CIMA DA AUTORIDADE DO PROFESSOR E PROFESSORA EM SALA, DESMERECER O TRABALHO DOCENTE, APELAR PARA A DIREÇÃO ESCOLAR A FAVOR DE SEUS FILHOS. Parceria não é isso. Ser parceiro é caminhar lado a lado. É conhecer o seu lugar e suas responsabilidades; é a união de pessoas com interesses em comum; é COMUNHÃO.

E esse meu papel de enviar para a escola uma criança CRIADA POR MIM (FAMÍLIA) e não DELEGADA por mim À ESCOLA está muito bem descrita nas palavras de Içami Tiba, a quem muito leio e gosto de seguir:


"Famílias desenvolvem filhos competentes, com boa auto-estima e integrados numa sociedade competitiva quando os pais têm cultura e educação, leem em voz alta para os seus filhos, fornecem estímulos lógicos e desafios com jogos educativos, não os negligenciam nas mãos de terceiros (creches, babás, irmãos com pequenas diferenças de idade, funcionários outros etc.), acompanham suas tarefas diárias (sim, crianças têm suas obrigações adequadas às suas idades), corrigem os seus erros e cobram o que lhes foi ensinado (fazendo-os arcar com as consequências dos seus comportamentos inadequados). É a diferença existente entre a criação silvestre (largada) e educação orquestrada (integrada) dos filhos.

Assim, o investimento na educação das crianças tem que ser iniciado com os seus próprios pais e/ou responsáveis e professores da primeira infância em grande escala. "


Parceria escola e família foi o caminho que escolhi seguir. Encontrei parceiros e parceiras que também acreditam nisso: a escola onde as Marias estão matriculadas desde os três anos me motiva a permanecer nessa trilha. A atual professora delas, Celeste Santos, e as demais por quem passaram, a começar pela professora Tatiane de Aguiar, pró Tati (não pedi autorização para divulgar os demais nomes, por isso não as identifiquei. Caso vocês estejam lendo esse texto e queiram, faço questão de registrar cada uma aqui rs), também são, antes de profissionais, pessoas que, acredito, pensam como EU, enquanto professora de centenas e mãe das duas Marias:  "Nossos filhos carregam os nossos sonhos. Todos os cuidados com eles devem ser orquestrados para que no futuro sejam felizes e tenham sucesso. A esses cuidados chamo de Educação Orquestrada. Seu oposto é o filho largado à própria sorte, sem garantias futuras, o crescimento silvestre. [...] Crianças na primeira infância necessitam e dependem de cuidados de adultos que as amem, provejam, protejam, alimentem, eduquem, banhem, acariciem, abracem, conversem e brinquem com elas e velem seus sonos, pois elas são incapazes de cuidarem de si mesmas. Todas estas ações estão presentes na educação orquestrada."(Içami Tiba)

Abaixo, o link de uma animação que acho perfeita quando o assunto é UNIÃO...seja de forças, de ideias, de ideais, de objetivos.... vale dar uma olhadinha!!!




Até a próxima!

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